sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A morte

Acredito na morte como repouso eterno da alma. Perdi um vizinho esta semana. Era um bom sujeito. Trabalhava de sol a sol e sempre encontrava tempo para afirmar a qualquer um que se aproximasse dele: "Deus é convosco! Paz do Senhor! Muita sabedoria pra ti, só em Deus poderemos conseguir..." Impossível acreditar que um homem deste tenha morrido pra esperar em um  espaço qualquer pelo descanso eterno.

Quero crer que nossa forma de agir neste mundo terreno contribua e muito para um descanso justo. Já falei para meus filhos: "Quando eu morrer simplesmente quero partir em paz, procurem chorar somente na hora do enterro. No mais procurem ser fortes e continuar sua razão de viver." Reconheço o mundo terreno como uma simples passagem. Não quero crer que ao conseguir meu descanso eterno existirá um tonto ao meu lado tentando buscar um encontro comigo no além. Adoro a vida! Mas também tenho convicção da morte. 

Desejo que todos aceitassem a morte como um acontecimento normal, mesmo não conhecendo a hora nem a forma pela qual partiremos. Demonstrar força nas horas mais absurdas, cuidando de zelar a cada instante pelo seu espírito e o espírito do seu próximo só é fácil para os que creem ser infinitamente espiritualizado em sua fé em Cristo. Cito meu vizinho como um exemplo de vida.
Lembrei-me por algum instante de quando meu pai era vivo. Apostamos um com o outro de que se existisse vida pós morte um dos dois voltaria para passar esta informação. Hoje vivo tranquila por acreditar que tenho uma certa razão da forma que penso, pois até hoje ele não apareceu! Imagino que se ele tivesse voltado não acredito que acharia natural.


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