domingo, 28 de novembro de 2010

Heróis

No meu entender era coisa de revista; a datar do dia 23 de outubro quando comecei a assistir o povo do Rio de janeiro ('Cidade maravilhosa' e sede da copa de 2014) vivendo em grande conflito por culpa de uma briga do tráfico na favela da Vila Cruzeiro e Morro do Alemão. Todos os civis colocaram o peito frente às consequências por necessidade do ganho do pão de cada dia. GENTE que trabalha e estuda com dignidade, em busca de um futuro melhor pra si e para todos os seus familiares.
O povo civil é quem mais tem sofrido, por culpa desta bandaleira e há vários anos. Todo este sofrimento se dá, por conta de um país que vinha desorganizado, e que agora, em função da Copa e do investimento que espera lucrar, resolve colocar ordem na casa. Quero estar enganada quando falo que seja por questão pessoal, me esforçarei pra dar um voto de confiança ao poder público, acreditando que é tudo por intenção de melhorias para o povo e pelo povo.
No meu modo de pensar, o militar não chega a ser nenhum herói, o mesmo se aprimorou para isso: Viver em prol de defesa da Nação. O povo civil são os grandes heróis da consequência deste crime, onde em grande parte só acontece por culpa da própria politica que há bem pouco tempo vivia a custa da corrupção, fazendo com que nosso país afundasse em dividas, por culpa da própria incompetência. Levando muitos jovens a crer que na falta de uma boa condição financeira e sem chance de uma vida melhor, o crime possa ser compensador, e que a melhor forma de ganhar dinheiro fácil é participando desta corrupção. O que eles não conseguem enxergar é o não existir do positivo na vida do crime.
Temos consciência que a corrupção vem de cima; vem dos que possuem grande valor financeiro e vive em prol do poder negativo. No entanto, quem paga por esta corrupção e crimes sem fim são os mais humildes que vivem no mundo do crime trocando moedas por eles. E por muitas vezes arrastando mais jovens da classe média para esta vida infortuna. Tirando proveito da inocência de muitos menores que entram pra este buraco negro por admirar a valentia de muitos destes pobres civis que se julgam homens de ferro e acreditam que possam parar balas de armas de grosso calibre no peito. O difícil é convencer a este delinquente que toda esta banca não significa de nada, pois quando ele morre, os grandes heróis da mídia passam a ser seus pais que diante dos próprios sofrimentos, buscam forças de onde não possuem para enterrá-los prematuros numa cova rasa.
Fiquei arrasada ao ouvir uma amiga telefonando para uma das filhas que estava dentro de uma faculdade localizada no Centro da "cidade maravilhosa" e pedindo pelo amor de Deus! Pra que a mesma ao sair de lá, fosse direto pra casa de uma tia que mora próximo ao Centro. Uma "mãe de família" desviando a filha do conforto do seu próprio lar por irresponsabilidade de terceiros. Senti-me muito triste, vendo a cena de um jovem sendo arrastado feito bicho, dentro da favela por ter levado um tiro e se encontrar em fuga. Imaginei o quanto a mãe deste rapaz não deva ter sofrido vendo aquela cena. - Se a mesma não morreu antes, por desgosto ou em situação difícil por culpa de uma crise financeira que evoluiu para uma crise social no país. - Fiquei emocionada com o relato da mãe do delinquente Mister M ao público: - "Eu fui atrás dele e disse: a mamãe vai junto contigo a delegacia." - E por questão de segundos ouvir um militar recebendo a ligação da mãe que estava preocupada com os acontecimentos, e o mesmo lhe diz em rede nacional: “Mamãe tá tudo bem, procure ficar calma” - Como se fosse possível pra mesma quanto "MÃE" realizar aquele pedido. No entanto, o que mais me chocou em meio a toda esta informação foi ver uma senhora dando entrevista e agradecendo a Deus pela morte dos dois filhos que estavam vivendo na vida do crime. “MÃE” precisa dizer mais alguma coisa? Falo em nome de todos estes heróis e heroínas que tive o privilégio de conhecer está semana e oro por todas aquelas que vivam o conflito de ter seus filhos se consumindo no mundo do crime.

Desde já, peço desculpas por minha postagem lamuriosa, mas como esclareço na maioria delas, "Sou humana".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Honestidade

Há poucos dias, em uma reunião de família encontrei um sobrinho que as vistas dos demais é o próprio pecado. Tenho uma família muito religiosa, mas muito julgadora também. Existem alguns membros nesta família tentando investir em uma namorada descente na moral e nos bons costumes para este meu sobrinho. O mesmo ao saber do arranjo simplesmente respondeu: Eu quero é transar! O coitado quase foi excomungado, pois transar sem um verdadeiro compromisso a vista de todos que ali se encontravam é um pecado mortal. Eu lhes pergunto: não seria mais pecaminoso se o mesmo quisesse pegar a donzela e bagunçar com a mesma? No meu entender o que ele quis dizer foi o seguinte: "- Esta não me interessa, é moça de família, não quero um compromisso tão sério agora, o que desejo é estar na noite, curtindo minhas farras e com quem queira e tenha o mesmo raciocínio que o meu".
Por que é tão complicado você ter o desejo de usar da honestidade pra fazer jus à sua opinião. Se o mesmo pegasse a mocinha de família e resolvesse bagunçá-la estaria sendo julgado e condenado da mesma forma. Acredito que antes de dar opiniões a respeito das opiniões dos outros pertencendo a algum tipo de religião ou não, deveríamos nos questionar muito mais e ao invés de estarmos condenando, tentaríamos compreender que nem tudo é tão feio e pecaminoso aos nossos olhos quanto parece. Onde está a fé daqueles que se julgam tão confiantes em Deus? Tudo acontece no tempo dele?